Jornal Vascular Brasileiro
https://www.jvascbras.org/article/doi/10.1590/1677-5449.008016
Jornal Vascular Brasileiro
Original Article

Identificação pela ultrassonografia vascular dos diâmetros das veias safenas magnas sem refluxo em mulheres

Vascular ultrasonographic measurement of diameters of great saphenous veins without reflux in women

Carlos Alberto Engelhorn, Ana Luiza Engelhorn, Camila Ritter, Gabriel Faria Isfer de Lima, João Gabriel Peixoto Lopes, Letícia Gaertner Cabrini

Downloads: 1
Views: 1127

Resumo

Contexto: A ultrassonografia vascular (UV) é o exame de escolha para estudar o sistema venoso superficial dos membros inferiores e mensurar o diâmetro das veias safenas, podendo ser utilizada como parâmetro para o planejamento cirúrgico. Objetivos: Identificar pela UV os diâmetros de veias safenas magnas sem refluxo em mulheres e sua relação com a idade, altura, Classificação Clínica, Etiologia, Anatomia e Fisiopatologia (CEAP) e índice de massa corporal (IMC). Métodos: Estudo transversal em mulheres com sintomas de IVC primária (C0, 1 ou 2), sem cirurgia prévia de varizes e sem refluxo detectado pela UV, nas quais foram mensurados os diâmetros da veia safena magna (VSM) na crossa, coxa e perna, que foram comparados com a idade, altura, classe clínica CEAP e IMC. Resultados: Foram avaliadas 353 mulheres, das quais 146 foram incluídas no estudo sendo 88 avaliadas unilateralmente e 58 bilateralmente. Os diâmetros encontrados para a VSM sem refluxo foram de aproximadamente 6,5 mm na crossa, 4,0 mm na coxa proximal, 3.0 mm na coxa médio-distal e joelho e 2,5 mm na perna. Em todos os segmentos mensurados houve diferença estatisticamente significativa (p < 0,05) na correlação dos diâmetros com IMC. Não houve diferença estatística na correlação da medida dos diâmetros com classe CEAP, altura e idade das pacientes. Conclusões: Observou-se que os diâmetros de veias safenas magnas sem refluxo independem da classe clínica CEAP 0 ou 1 e 2; da idade e da altura das pacientes. Entretanto, os diâmetros da VSM se relacionam significativamente com o IMC das pacientes.

Palavras-chave

veia safena; ultrassonografia; mulheres.

Abstract

Background: Vascular ultrasonography (VU) is the examination of choice for studying the superficial venous system of the lower limbs and using VU to measure the diameters of saphenous veins could provide parameters for planning surgery. Objectives: To employ VU to identify the diameters of great saphenous veins free from reflux in women and determine their relationships with age, height, CEAP classification, and body mass index (BMI). Methods: This was a cross-sectional study in women with symptoms of primary chronic venous insufficiency (CEAP C0, 1, or 2) with no previous varicose vein surgery and no reflux detected by VU. The diameters of great saphenous veins (GSV) at the junction, thigh, and leg were measured with VU and correlated with age, height, CEAP clinical classification, and BMI. Results: We assessed 204 limbs in 146 women. The GSV diameters measured were 6.5 mm at the saphenofemoral junction, 4.0 mm at the proximal thigh, 3.0 mm at the mid thigh, distal thigh, and knee and 2.5 mm at the leg. In all segments measured, there were statistically significant differences (p<0.05) when diameters were correlated with BMI. There were no statistically significant differences when diameters were correlated with CEAP class, height, or age. Conclusions: We observed that the diameters of great saphenous veins free from reflux were independent of CEAP clinical classes 0/1 or 2; age; and height. However, GSV diameters were significantly related to patients’ BMI.

Keywords

saphenous vein; ultrasonography; women.

References

1. Henrique L, França G, Tavares V. Insuficiência venosa crônica. Uma atualização. J Vasc Bras. 2003;2(4):318-28.

2. Eberhardt RT, Raffetto JD. Chronic venous insufficiency. Circulation. 2005;111(18):2398-409. https://doi.org/10.1161/01.CIR.0000164199.72440.08.

3. Castro e Silva M, Cabral AL, Barros N Jr, Castro AA, Santos ME. Diagnóstico e tratamento da Doença Venosa Crônica. J Vasc Bras. 2005;4(3):S187-94.

4. Coleridge-Smith P, Labropoulos N, Partsch H, Myers K, Nicolaides A, Cavezzi A. Duplex ultrasound investigation of the veins in chronic venous disease of the lower limbs - UIP consensus document. Part I. Basic principles. Eur J Vasc Endovasc Surg. 2006;31(1):83-92. PMid:16226898. http://dx.doi.org/10.1016/j.ejvs.2005.07.019.

5. Engelhorn C, Engelhorn A, Salles-Cunha S, et al. Relationship Between refux and greter saphenous vein diameter. J Vasc Technol. 1997;21(3):167-72.

6. Mendoza E, Blättler W, Amsler F. Great saphenous vein diameter at the saphenofemoral junction and proximal thigh as parameters of venous disease class. Eur J Vasc Endovasc Surg. 2013;45(1):76-83. PMid:23219416. http://dx.doi.org/10.1016/j.ejvs.2012.10.014.

7. Rollo HA, Giannini M, Yoshida WB. Preservação da veia safena magna na cirurgia de varizes dos membros inferiores. J Vasc Bras. 2009;8(2):154-65. http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492009000200010.

8. Seidel AC, Miranda F Jr, Juliano Y, Novo NF. Relationship between the diameter of great saphenous vein and body mass index. J Vasc Bras. 2005;4(3):265-9. http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492005000300008.

9. Kröger K, Ose C, Rudofsky G, Roesener J, Weiland D, Hirche H. Peripheral veins: influence of gender, body mass index, age and varicose veins on cross-sectional area. Vasc Med. 2003;8(4):249-55. PMid:15125485. http://dx.doi.org/10.1191/1358863x03vm508oa.

10. Capitão LM, Menezes JD, Gouveia-Oliveira A. Epidemiological characterization of chronic venous insufficiency in Portugal. Acta Med Port. 1996;30(2-3):69-77. PMid:8967306.

Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)"> Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)">
5cd46dda0e8825040d7f3256 jvb Articles

J Vasc Bras

Share this page
Page Sections