Jornal Vascular Brasileiro
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Preservação da veia safena magna na cirurgia das varizes tronculares primárias

Guilherme Benjamin Brandão Pitta, Aldemar Araujo Castro, Lucigl Regueira Teixeira, João Francisco Júnior, Fausto Miranda Júnior, Emil Burihan

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Resumo

Objetivos: A preservação da veia safena magna na cirurgia de varizes primárias tronculares foi popularizada na última década, oferecendo a oportunidade de poupar a veia safena magna para ser utilizada no futuro, como substituto vascular. Comparando-a com a cirurgia radical das varizes, admite-se que ela reduz o trauma cirúrgico e proporciona resultados clínicos semelhantes. A avaliação da veia safena magna em todo seu trajeto deverá trazer subsídios para o entendimento das alterações ocorridas com a cirurgia. O objetivo deste estudo foi avaliar a preservação da veia safena magna durante a cirurgia de varizes tronculares primárias. A hipótese testada foi a de que a veia permaneceria pérvia e o diâmetro diminuiria. Métodos: Estudo prospectivo de uma série de casos através de atendimento ambulatorial privado e em hospital de atendimento terciário. Participaram pacientes com varizes primárias tronculares com insuficiência da junção safeno-femoral, submetidos à cirurgia de ligadura e secção proximal da veia safena magna, com ligadura e extirpação das veias tributárias da croça, associada ou não com ligadura e/ou secção de perfurantes insuficientes, e ressecção das varicosidades superficiais. Foram mensurados a perviedade e o diâmetro da veia safena magna com eco-Doppler vascular em sete pontos no membro inferior: terço superior, médio e inferior da coxa, ponto J, terço superior, médio e inferior da perna. Tais medidas foram efetuadas em três momentos: M0 (pré-operatório); M1 (período entre 30 e 60 dias) e M6 (período entre 6 e 12 meses). Resultados: Foram 48 cirurgias em 36 pacientes. A gravidade da doença foi classe 1 em 69% (33/48) dos doentes, classe 2 em 27% (13/48) e classe 3 em 4% (2/48). O refluxo com o eco-Doppler colorido foi tipo I em 37% (18/48) dos membros, tipo II em 35% (17/48) e tipo III em 27% (13/54). A veia safena magna estava pérvia no terço superior da coxa em 15/48 (30%), no terço médio da coxa em 44/48 (91%) e do terço inferior da coxa ao terço inferior da perna em 48/48 (100%). O diâmetro médio foi reduzido quando comparado com o pré-operatório. Conclusões: A veia safena magna se mantém pérvia com exceção do terço superior da coxa. A perviedade entre 6 e 12 meses é maior em relação ao período entre 30 e 60 dias. O diâmetro da veia safena magna diminui.

Palavras-chave

varizes, cirurgia, veia safena, ultra-sonografia
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