Jornal Vascular Brasileiro
https://www.jvascbras.org/article/doi/10.1590/1677-5449.0015
Jornal Vascular Brasileiro
Original Article

Microbiological species and antimicrobial resistance profile in patients with diabetic foot infections

Perfil microbiológico e de resistência antimicrobiana no pé diabético infectado

Alexandre Faraco de Oliveira; Horácio de Oliveira Filho

Downloads: 0
Views: 831

Abstract

Introduction:Diabetic foot infections are a difficult problem to solve, often requiring hospitalization and exposing patients to the risk of amputations. Identification of the most prevalent pathogens is useful for administration of antibiotic therapy, and can reduce mutilations.Objective:To identify the microbiological profile and resistance to antimicrobial drugs in a series of patients with infected diabetic feet.Material and methods:an epidemiological, retrospective and descriptive study based on analysis of medical records from diabetic patients with plantar lesions who underwent surgical treatment over a 24-month period at a public hospital. Data were collected on age, sex, length of hospital stay, cultures from lesions, antibiotic therapy administered, bacterial resistance and surgeries conducted, with statistical analysis of means and standard deviations.Results:There were 66 admissions of diabetic patients, the majority elderly people (77%). Hospital stays ranged from 2 to 29 days, with a mean of 12.42. There were 91 surgical procedures, resulting in some kind of amputation in 65% of cases. The most common bacterial group was enterobacteria (47%), followed by staphylococci (27%). Three patients (4.5%) had multi-resistant organisms. Resistance to clindamycin was the most common at 39 admissions (59%), followed by resistance to cephalexin, seen in 24 admissions (36%).Conclusions:Diabetic foot infections were most often caused by germs found in the community, in particular the enterococci. Bacterial resistance was very widespread and was most commonly associated with drugs for oral administration, in particular clindamycin and cephalexin.

Keywords

diabetic foot, bacterial drug resistance, diabetes complications

Resumo

Introdução:As infecções no pé diabético são um problema de difícil solução, que costumam exigir internação hospitalar e expõem os pacientes ao risco de amputações. Determinar os patógenos mais prevalentes auxilia na escolha de antimicrobianos, podendo reduzir mutilações.Objetivo:Determinar o perfil microbiológico e a resistência a antimicrobianos em uma série de pacientes com pé diabético infectado.Material e métodos:estudo epidemiológico, retrospectivo e descritivo, através da análise de prontuários de pacientes diabéticos, com lesões plantares, submetidos a tratamento cirúrgico, num período de 24 meses, em um hospital público. Foram coletados dados referentes a idade, sexo, tempo de internamento, cultura da lesão, antimicrobianos utilizados, resistência bacteriana e cirurgias realizadas, com análise estatística da média e desvio padrão.Resultados:Em 66 internações de pacientes diabéticos, na maioria de idosos (77%), o tempo de internação variou de 02 a 29 dias, com média de 12,42; exigiram-se 91 procedimentos cirúrgicos, resultando algum tipo de amputação em 65% dos casos. O grupo de bactérias mais frequente foi das enterobactérias (47%), seguido por estafilococos (27%). Três pacientes (4,5%) apresentaram germes multirresistentes. Dentre os antimicrobianos utilizados, a clindamicina foi o que apresentou resistência no maior número de vezes, em 39 internações (59%), seguido da cefalexina, em 24 internações (36%).Conclusões:As infecções no pé diabético estiveram mais relacionadas a germes encontrados na comunidade, em especial os enterococcus. A resistência bacteriana foi bastante ampla, sendo mais comumente associada a drogas de uso oral, em particular clindamicina e cefalexima.

Palavras-chave

pé diabético, farmacorresistência bacteriana, complicações do diabetes

References

Caiafa JS, Castro AA, Fidelis C. Atenção integral ao portador de pé diabético. 2010.

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. 2009:129-43.

Hobizal KB, Wukich DK. Diabetic foot infections: current concept review. Diabet Foot Ankle. 2012;3(0):1-8.

Richard JL, Sotto A, Lavigne JP. New insights in diabetic foot infection. World J Diabetes. 2011;2(2):24-32.

Lavery LA, Armstrong DG, Wunderlich RP, Mohler MJ, Wendel CS, Lipsky BA. Risk factors for foot infections in individuals with diabetes. Diabetes Care. 2006;29(6):1288-93.

Rezende KF, Nunes MAP, Melo NH, Malerbi D, Chacra AR, Ferraz MB. Internações por pé diabético: comparação entre o custo direto estimado e o desembolso do SUS. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2008;52(3):523-30.

Pitta GBB, Castro AA, Soares AMMN. Perfil dos pacientes portadores de pé diabético atendidos no Hospital Escola José Carneiro e na Unidade de Emergência Armando Lages. J Vasc Bras. 2005;4:5-10.

Lipsky BA, Peters EJG, Senneville E. Expert opinion on the management of infections in the diabetic foot. Diabetes Metab Res Rev. 2012;28(^sSuppl 1):163-78.

Lipsky BA. Infections problems of the foot in diabeic patients. Levin and O'Neal's The diabetic foot. 2008:305-18.

Lipsky BA. A report from the international consensus on diagnosing and treating the infected diabetic foot. Diabetes Metab Res Rev. 2004;20(S1^sSuppl 1):S68-77.

Jeffcoate WJ, Lipsky BA, Berendt AR. Unresolved issues in the management of ulcers of the foot in diabetes. Diabet Med. 2008;25(12):1380-9.

Dow G, Browne A, Sibbald RG. Infection in chronic wounds: controversies in diagnosis and treatment. Ostomy Wound Manage. 1999;45(8):23-40.

Bowler PG, Duerden BI, Armstrong DG. Wound microbiology and associated approaches to wound management. Clin Microbiol Rev. 2001;14(2):244-69.

Sotto A, Richard JL, Combescure C. Beneficial effects of implementing guidelines on microbiology and costs of infected diabetic foot ulcers. Diabetologia. 2010;53(10):2249-55.

Carvalho CBM, Neto RM, Aragão LP, Oliveira MM, Nogueira MB, Forti AC. Pé diabético: análise bacteriológica de 141 casos. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2004;48(3):406-13.

de Vries MG, Ekkelenkamp MB, Peters EJ. Are clindamycin and ciprofloxacin appropriate for the empirical treatment of diabetic foot infections?. Eur J Clin Microbiol Infect Dis. 2014;33(3):453-6.

Sader HS, Durazzo A. Terapia antimicrobiana nas infecções do pé diabético. J Vasc Bras. 2003;2:61-6.

Fernandes LF, Pimenta FC, Fernandes FF. Isolamento e perfil de suscetibilidade de bactérias de pé diabético e úlcera de estase venosa de pacientes admitidos no pronto-socorro do principal hospital universitário do estado de Goiás, Brasil. J Vasc Bras. 2007;6(3):211-7.

Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)"> Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)">
5ddd765c0e88257d0d1da3e9 jvb Articles

J Vasc Bras

Share this page
Page Sections