Jornal Vascular Brasileiro
https://www.jvascbras.org/article/doi/10.1590/1677-5449.002717
Jornal Vascular Brasileiro
Original Article

Impacto da escleroterapia com espuma de polidocanol guiada por ultrassom em pacientes com úlcera venosa

Impact of ultrasound-guided polidocanol foam sclerotherapy in patients with venous ulcers

Melissa Andreia de Moraes Silva, Álefy Zanelato Pereira Araujo, Jéssica Funchal do Amaral, Seleno Glauber de Jesus-Silva, Rodolfo Souza Cardoso, Fausto Miranda Júnior

Downloads: 2
Views: 1360

Resumo

Contexto: A escleroterapia com espuma de polidocanol guiada por ultrassom tem sido utilizada no tratamento de pacientes com úlceras venosas. É um procedimento minimamente invasivo e de fácil execução, porém apresenta taxas de recidiva elevadas. Objetivos: Relatar a evolução a curto e médio prazo de pacientes com úlcera venosa tratados com escleroterapia com espuma de polidocanol guiada por ultrassom. Métodos: Foram reavaliados 19 pacientes submetidos ao tratamento de escleroterapia com espuma de polidocanol guiada por ultrassom no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2014. Foram analisados tempo de cicatrização da úlcera, melhora de sintomas clínicos, recanalização das veias tratadas, recidiva dos sintomas e da úlcera venosa. Resultados: Foram analisados 15 pacientes do sexo feminino (78,9%) e quatro do sexo masculino (21,1%). A média geral de idade foi de 53 anos. O tempo de seguimento dos pacientes variou de 448 dias a 1.276 dias (média de 791 dias). O tempo médio de presença das úlceras foi de 53 meses. Na avaliação pós-procedimento, foram observadas recanalização total em 15,7%, recanalização parcial em 21% e oclusão em 47,3% das veias tratadas. Apenas em um caso foi observada recidiva da úlcera. Pela avaliação das médias do Venous Clinical Severity Score (VCSS), houve diferença significativa antes e após o procedimento, com variação entre os grupos de 11,2 (p < 0,01). Conclusões: A escleroterapia por espuma guiada por ultrassom apresenta altas taxas de sucesso terapêutico, com índices de cicatrização de úlceras venosas elevados.

Palavras-chave

escleroterapia; úlcera varicosa; cicatrização; recidiva.

Abstract

Background: Ultrasound-guided polidocanol foam sclerotherapy is used to treat patients with venous ulcers. It is a minimally invasive procedure and is simple to perform, but it has high relapse rates. Objectives: To report short to medium term results in patients with venous ulcers treated using ultrasound-guided polidocanol foam sclerotherapy. Methods: A sample of 19 patients who had been treated with ultrasound-guided polidocanol foam sclerotherapy between January 2013 and December 2014 were followed-up. Time taken for ulcers to heal, improvement of clinical symptoms, recanalization of treated veins, and relapse of symptoms and of venous ulcers were analyzed. Results: Fifteen of the patients analyzed were female (78.9%) and four were male (21.1%). Overall mean age was 53 years. Follow-up times ranged from 448 days to 1,276 days (mean of 791 days). The mean duration of active ulcers was 53 months. At postoperative follow-up assessments, total recanalization was observed in 15.7%, partial recanalization in 21%, and occlusion in 47.3% of the veins that had been treated. There was only one case of ulcer relapse. Analysis of mean Venous Clinical Severity Scores (VCSS) revealed a significant difference from before to after the procedure, with a variation of 11.2 (p < 0.01). Conclusions: Ultrasound-guided foam sclerotherapy has high rates of therapeutic success and achieves high rates of venous ulcer healing.

Keywords

sclerotherapy; varicose ulcer; healing; relapse

References

1. Abreu J, Pitta G, Miranda F Jr. Doppler ultrasonography of the femoral popliteal segment in patients with venous ulcer. J Vasc Bras. 2012;11(4):277-85. http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492012000400005.

2. Figueiredo M, Filho AD. Avaliação do efeito da meia elástica na hemodinâmica venosa dos membros inferiores de pacientes com insuficiência venosa crônica. J Vasc Bras. 2004;3(3):231-7.

3. Moura RMF, Gonçalves GS, Navarro TP, Britto RR, Dias RC. Correlação entre classificação clínica CEAP e qualidade de vida na doença venosa crônica. Rev Bras Fisioter. 2010;14(2):99-105. PMid:20464164. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552010005000007.

4. Cornwall JV, Doré CJ, Lewis JD. Leg ulcers: epidemiology and aetiology. Br J Surg. 1986;73(9):693-6. PMid:3756430. http://dx.doi.org/10.1002/bjs.1800730905.

5. Sandri GA. Tratamento endovascular das obstruções venosas crônicas do segmento iliocaval. J Vasc Bras. 2011;10(2):137-44. http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492011000200008.

6. França LH, Tavares V. Insuficiência venosa crônica: uma atualização. J Vasc Bras. 2003;2(4):18-28.

7. Eklöf B, Rutherford RB, Bergan JJ, et al. Revision of the CEAP classification for chronic venous disorders: consensus statement. J Vasc Surg. 2004;40(6):1248-52. PMid:15622385. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvs.2004.09.027.

8. Saliba OA Jr, Giannini M, Rollo HA. Métodos de diagnóstico nãoinvasivos para avaliação da insuficiência venosa dos membros inferiores. J Vasc Bras. 2007;6(3):266-75. http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492007000300010.

9. Santos RF, Porfírio GJ, Pitta GB. A diferença na qualidade de vida de pacientes com doença venosa crônica leve e grave. J Vasc Bras. 2009;8(2):143-7. http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492009000200008.

10. Shadid N, Ceulen R, Nelemans P, et al. Randomized clinical trial of ultrasound-guided foam sclerotherapy versus surgery for the incompetent great saphenous vein. Br J Surg. 2012;99(8):1062-70. PMid:22627969. http://dx.doi.org/10.1002/bjs.8781.

11. Gonzalez-Zeh R, Armisen R, Barahona S. Endovenous laser and echo-guided foam ablation in great saphenous vein reflux: one-year follow-up results. J Vasc Surg. 2008;48(4):940-6. PMid:18639418. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvs.2008.05.062.

12. Tessari L, Cavezzi A, Frullini A. Preliminary experience with a new sclerosing foam in the treatment of varicose veins. Dermatol Surg. 2001;27(1):58-60. PMid:11231246.

13. Campos V Jr. Estudo comparativo entre escleroterapia com espuma de polidocanol e cirurgia convencional no tratamento de varizes primárias dos membros inferiores em portadores de úlcera venosa [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2014.

14. Rabe E, Otto J, Schliephake D, Pannier F. Efficacy and safety of great saphenous vein sclerotherapy using standardised polidocanol foam (ESAF): a randomised controlled multicentre clinical trial. Eur J Vasc Endovasc Surg. 2008;35(2):238-45. PMid:17988905. http://dx.doi.org/10.1016/j.ejvs.2007.09.006.

15. Rutherford RB, Padberg FT Jr, Comerota AJ, Kistner RL, Meissner MH, Moneta GL. Venous severity scoring: an adjunct to venous outcome assessment. J Vasc Surg. 2000;31(6):1307-12. PMid:10842165. http://dx.doi.org/10.1067/mva.2000.107094.

16. Kakkos SK, Bountouroglou DG, Azzam M, Kalodiki E, Daskalopoulos M, Geroulakos G. Effectiveness and safety of ultrasound-guided foam sclerotherapy for recurrent varicose veins: immediate results. J Endovasc Ther. 2006;13(3):357-64. PMid:16784324. http://dx.doi.org/10.1583/05-1781.1.

17. Silva MAM, Burihan MC, Barros OC, Nasser F, Ingrund JC, Neser A. Resultados do tratamento da Insuficiência Venosa Crônica grave com espuma de polidocanol guiada por ultrassom. J Vasc Bras. 2012;11(3):206-11. http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492012000300007.

18. Howard JK, Slim FJ, Wakely MC, et al. Recanalisation and ulcer recurrence rates following ultrasound-guided foam sclerotherapy. Phlebology. 2015;31(7):506-13. PMid:26224059. http://dx.doi.org/10.1177/0268355515598450.

19. Grover G, Tanase A, Elstone A, Ashley S. Chronic venous leg ulcers: effects of foam sclerotherapy on healing and recurrence. Phlebology. 2016;31(1):34-41. PMid:25351907. http://dx.doi.org/10.1177/0268355514557854.

20. Williamsson C, Danielsson P, Smith L. Catheter-directed foam sclerotherapy for chronic venous leg ulcers. Phlebology. 2014;29(10):688- 93. PMid:24072751. http://dx.doi.org/10.1177/0268355513505506.

21. Masuda EM, Kessler DM, Lurie F, Puggioni A, Kistner RL, Eklöf B. The effect of ultrasound-guided sclerotherapy of incompetent perforator veins on venous clinical severity and disability scores. J Vasc Surg. 2006;43(3):551-6, discussion 556-7. PMid:16520171. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvs.2005.11.038.

Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)"> Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)">
5cd3244f0e88258635632f8e jvb Articles

J Vasc Bras

Share this page
Page Sections