Jornal Vascular Brasileiro
https://www.jvascbras.org/article/doi/10.1590/S1677-54492009000300005
Jornal Vascular Brasileiro
Original Article

A anquilose tíbio-társica e sua importância na insuficiência venosa crônica

Jorge Ribas Timi; Sergio Quilici Belczak; Aline Yoshimi Futigami; Fernando Morandini Pradella

Downloads: 1
Views: 1130

Resumo

CONTEXTO: O desenvolvimento de anquilose em pacientes com insuficiência venosa crônica (IVC) pode ser evidenciado em diversos estágios da patologia através de medidas da amplitude de movimento da articulação do tornozelo tomadas com a utilização de um goniômetro. OBJETIVO: Relacionar a diminuição da amplitude de movimento da articulação tíbio-társica na IVC dos membros inferiores (MMII) medida por goniometria com a gravidade da IVC, utilizando-se a classificação CEAP. MÉTODOS: No período de março de 2003 a agosto de 2004, 86 pacientes (67 mulheres e 19 homens) com média de idade de 50,6 anos foram submetidos à goniometria do tornozelo. Os indivíduos foram divididos conforme a gravidade da IVC de seus MMII (121 avaliados) de acordo com a classificação CEAP. Quarenta membros foram caracterizados como C0 (grupo-controle), 40 como C3, e 41 como C4. As medidas obtidas nos diferentes grupos foram comparadas entre si. RESULTADOS: A média da amplitude de movimento da articulação tíbio-társica do grupo C0 foi de 42,4º (variação de 26-54); a do grupo C3 foi de 37,9º (variação de 10-61); e a do grupo C4 foi de 24,5º (variação de 8-50). A diferença das médias de C4 e C3 foi de 36%, e a de C3 comparada com o grupo-controle (C0), de 11%, caracterizando a maior diferença entre C3 e C4. CONCLUSÃO: A goniometria do tornozelo auxilia a graduar a hipertensão venosa crônica, pois demonstra a existência de correlação entre a gravidade da anquilose e a severidade da IVC.

Palavras-chave

Insuficiência, venosa crônica, anquilose tíbio-társica, goniometria

References

Back TL, Padberg FT Jr, Araki CT, Thompson PN, Hobson RW 2nd. Limited range of motion is a significant factor in venous ulceration. J Vasc Surg.. 1995;22:519-23.

Belczak J, Belczak CE. Reabilitação cinesiofisiátrica do flebopata crônico. Tratado de flebologia e linfologia. 2006:469-483.

Grimston SK, Nigg BM, Hanley DA. Differences in ankle joint complex range of motion as a function of age. Foot Ankle.. 1993;26:69-76.

Roaas A, Andersson GB. Normal range of motion of the hip, knee and ankle joints in male subjects, 30-40 years of age. Acta Orthop Scand.. 1982;53:205-8.

Boone DC, Azen SP. Normal range of motion of joints in male subjects. J Bone Joint Surg Am.. 1979;61:756-9.

Belcaro G, Labropoulos N, Christopoulos D. Noninvasive tests in venous insufficiency. J Cardiovasc Surg. 1993;14:215-22.

Belczak J, Belczak CE. Importância da goniometria do tornozelo na insuficiência venosa crônica. Tratado de flebologia e linfologia. 2006:459-67.

Belczak CE. Relação entre a mobilidade da articulação talocrural e a úlcera venosa. J Vasc Bras.. 2007;6:149-55.

Barros Jr N. Insuficiência venosa crônica. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. 2000.

Schmeller W. Uber den bewegungsumfang im oberen spruggelenk bei venengesunden und venen kraken: Eim beitrag zum arthrogenen staunngssyndrom. Phlebol Proktol.. 1990;19:100-10.

Browse NL, Burnand KG, Irvine AT. Síndrome da falência contrátil da panturrilha. Doenças venosas. 2001:433-42.

Araki CT, Back TL, Padberg FT. The significance of calf muscle pump function in venous ulceration. J Vasc Surg.. 1994;20:872-9.

Christopoulos D, Nicolaides AN, Cook A. Pathogenesis of venous ulceration in relation to the calf muscle pump function. Surgery. 1989;106:829-35.

Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)"> Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)">
5ddfbdbb0e8825696361c40e jvb Articles
Links & Downloads

J Vasc Bras

Share this page
Page Sections